Gerúndio, eu e mim.
- Leticia Oliveira
- 29 de jun. de 2015
- 1 min de leitura
ALERTA PARA CONTEÚDO ESCRITO APÓS ESTUDAR FILOSOFIA, ASSISTIR VÍDEOS MOTIVACIONAIS E COMER CHOCOLATE, MUITO CHOCOLATE.

Por muito tempo acreditei que efetivaria minha realidade estando com outro alguém,
alguéms. Por vezes só no gerúndio mesmo, só ficando, só estando ou até só pensando. Que a felicidade estava vinculada a em ou ens que nem sequer deviam filosofar sobre mim. Perdi horas de minha beleza inexistente imaginando, fantasiando, gerúndiando só não raciocinando racionalmente.
E como um espasmo tudo passa, e fica o pretérito. Fantasiava, imaginava, gerúndiava. E com a redução de tudo você percebe que atrás de todo ando, de todo ava, todo ia tem um eu. Eu ava, eu ia e eu ando mas nunca saía do conjugar, (e mesmo assim nunca tive lugar). E eu estou, em todo conjugar, independente do agente ou se tem ou não acompanhamento. Então percebi que não há espaço para ias e andos sem EU certo. Há sempre um pronome pessoal concreto quando se trata de indivíduo.
E conforme passei a observar esse pronome no espelho percebi que eu gritava nós sem conhecer a mim, e mim vai, mim vem, mim fica. Mas mim não ava, mim não ia e mim não ando. Com o tempo mim que parecia tão subjetivo vai mostrando suas particularidades, e talvez o mais importante dessa trajetória está em poder afirmar "eu conheço a mim", ou que " tendo a mim é melhor que ter ém". Ainda não conheço totalmente, mas sei que a cada passo que dou sinto que estou mais próxima da efetivação que antes cria depender de alguém. Hoje só gerúndio para: (eu) estou amando a mim.
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