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The Dreamers - Crítica

  • Esther Kyara
  • 30 de jul. de 2019
  • 3 min de leitura

The Dreamers Venus

O longa do diretor Bernado Bertolucci (mesmo de Eu e Você) fala sobre Matthew (Michael Pitt), que é um estudante fazendo intercâmbio à França para estudar Francês. O jovem também é um amante do cinema, o que o leva a conhecer os gêmeos Théo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green), que compartilham os mesmos interesses.

Enredo


O enredo desse filme é extremamente ousado e polêmico, porém ao mesmo tempo cativante e apaixonante, tratando de temas desde revolução de Maio de 68 até Incesto, o que se torna uma mistura interessante e arriscada.


Tolo quem procura um filme que trate dos ideias políticos do jovem dessa época, porque apesar de se passar durante uma revolução política, ele se aprofunda mais no romance, e até mesmo a adaptação de um jovem americano "normal" para a cultura francesa.


Uma coisa extremamente positiva é que o enredo não se faz óbvio, o que sempre te da um pouco de tensão, te cativando até o fim, e mesmo sendo um filme de quase 2 horas, você fica com aquele sentimento de: "Mas já? Tava tão bom".


Fotografia


Que bela Paris, pena que ela é pouquíssima explorada, mostrando na maior parte do tempo o apartamento dos gêmeos. Mesmo assim o cenário não se faz cansativo, e a angulação de algumas cenas se mostra excepcional, como por exemplo a cena em que os 3 estão numa banheira e você não vê o rosto deles, somente o reflexo, um em cada espelho, porém unidos por uma grande armação que causa uma reflexão, para quem é claro possui um pouco de sensibilidade nessa questão.


Uma coisa que não posso deixar de falar é da última cena, que usa com maestria o enquadramento engajado com os polícias avançando sobre a plateia, uma clara citação a Sergei Eisentein.

The Dreamers

Trilha sonora


Jimi Hendrix, Bob Dylan, Janis Joplin e The Doors, o que mais eu posso falar dessa trilha sonora com os maiores nomes musicais dos anos 60, com músicas que casam com a cena perfeitamente, como quando começa a tocar 'Maggie M'gill' do The Doors ou quando a Isabelle está tocando 'I Need a Man to Love' da Janis Joplin. Perfeita, tanto para os fãs de rock como para os fãs de música francesa.


Atuação


Não posso deixar de declarar minha tristeza em saber que o DiCaprio foi cotado para o papel de Matthew, mas não pode faze-­lo pois estava trabalhando em outro projeto.


Porem "Fanboyolismos" a parte, a atuação do jovem Michael Pitt coube muito bem no papel lhe dado, porém foi extremamente ofuscada pela belíssima atuação de Louis Garrel e Eva Green, que souberam entrar no personagem sem pudor algum, e te convencendo em todas as cenas, tanto as felizes, como as de nervosismo, e até mesmo as de desespero.


Opinião Final


Cinema para quem gosta de cinema,


Bernado Bertolucci fez uso do recurso visual, mostrando obras clássicas do cinema desde Bande à part até o clássico, amado, e até mesmo refilmado Scarface, dando uma sensação nostálgica para quem viu as obras, e adicionando um pouco mais de cultura para quem não viu.


A trilha sonora como eu já disse foi uma das que mais agradaram no cinema até hoje, por fazer menção as maiores influências do rock.


Agora sobre o geral, como obra completa mesmo, é um filme surpreendente e cativante, fazendo você sempre querer saber o que vem a seguir. Achei de uma falta de ganância incrível do diretor por deixar o final aberto ao espectador dar sua própria interpretação, porque o filme podia muito bem continuar e continuar depois da última cena.


Nota: 9

 
 
 

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