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Closer - Perto Demais

  • Leticia Oliveira
  • 25 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

Closer, na tradução "perto demais", é um filme que retrata as relações na (pós-) modernidade sem pender ao romantismo, até porque o romantismo se tornou coisa do século passado. Conta as ligações entre Dan, um jornalista de obituários e escritor fracassado, que se apaixona a primeira vista por Alice, uma stripper (e a meu ver um dos personagens mais fantásticos do filme por sua profundidade e realismo, e por ser a Natalie Portman, mas isso não vem muito ao caso); mesmo mantendo uma relação com Alice, ele acaba se apaixonando por Anna, uma fotógrafa recentemente divorciada, e ironicamente ele é o responsável por arranjar um novo marido a fotógrafa, um dermatologista chamado Larry, que ele conhece em um chat "para adultos" - falei que romantismo era coisa do século passado, não?!

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O filme retrata somente 4 personagens distintos, reais, humanos, com falhas, angústias, seres egoístas e alguns deprimidos que se agarram a outros para tentar preencher seu vazio. O filme parece ser divido em atos (até porque é a adaptação de uma peça) devido aos "saltos" no tempo que ocorrem, algo que pode estar relacionado as relações que eles mantém, que são inconstantes, imprevisíveis assim como o tempo. O mais incrível no filme está, é claro, nos diálogos que parecem se tornarem mais "naturais" com o uso dos termos pejorativos (até porque ninguém aqui é santo para conter certos palavrões e comentários, né queridos), acredito que alguns dos melhores diálogos se dão entre Dan e Alice e entre Alice e Larry.

A trilha sonora aliás é maravilhosa, sendo tocado no início e término do filme a música "The Blower's Daughter" do Damien Rice (como não amar?!), além de ser heterogênea tocando desde a clássica "Soave Sia Il Vento" entre outras da ópera Cosi fan tutti, a músicas como "How soon is now?" do The Smiths (como não amar?!²).

Tem participação brasuca também, bossa (of course) interpretada na belíssima voz de Bebel Gilberto.Closer é um filme de 2004, mas só tive a oportunidade de assisti-lo este ano algo que honestamente achei ótimo, uma vez que se trata de um filme maduro e não de uma comédia romântica de fácil absorção. Assisti mesmo após ler a diversos textos e comentários que o retratavam como "imoral" e "profano" (risos), a meu ver vale muito a pena vê-lo, as relações aparentemente confusas e vazias entre os casais é um reflexo perfeito do que ocorre atualmente, os tais casais "montanha-russa" e as pessoas que "trocam de par como se troca de roupa" são os próprios personagens na vida real.

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Vivemos tentando fugir da solidão nos alimentando com paixões como se fosse um produto sem nunca nos satisfazermos.

 
 
 

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