O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

O longa do diretor Jean­Pierre Jeunet (mesmo de Alien ­a Ressurreição) conta a história de Amélie, uma jovem do interior que se muda para Paris e começa a trabalhar em uma cafeteria.

Em um dia ordinário, ela encontra uma caixinha com algumas coisas infantis e decide procurar o antigo dono para devolve­-lá, e essa pequena decisão mudará a sua vida.

Uma das coisas que mais gosto no decorrer do filme é que ele não se faz óbvio, no começo não parece ter uma evolução gradual, porém, a cada cena há uma deliciosa surpresa.

O filme se trata de uma declaração de amor as pequenas coisas do dia-­a-­dia, desde comer biscoito com vinho quente, preparar o jantar, e até mesmo passar um tempinho com a pessoa querida.

Com um final lindo, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain se mostra um filme extremamente despretensioso e imaginativo, trazendo uma mensagem linda e te fazendo sentir melhor somente por ter visto.

Para um diretor de filmes de ação, Jean ­Pierre se mostra um ótimo cinematografista, trazendo câmeras inusitadas e lugares que são simples e reais, mas de alguma forma mágica.

Apesar do filme se passar em Paris, ele não se passa em lugares, mas sim em pequenos apartamentos, uma cafeteria, e até mesmo um pequeno parque de diversões, te dando uma sensação de certa familiaridade, não porque já foi para lá, mas sim porque não são coisas de outro mundo.

E curiosamente, o diretor se inspirou no pintor Brasileiro Juarez Machado para alguns efeitos visuais no filme.

Esse filme é uma enorme poesia, porém não fica o filme inteiro mostrando Amélie atrás de seu amor, e sim mostra-­a seguindo sua vida de uma forma nova, como ela não tinha pensado antes, deixando de ser observadora da historia dos outros, e vivendo a sua própria.

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